quinta-feira, março 19, 2020

Fotografias da Graciosa


 Por terras de Afonso do Porto, onde a ilha começa e onde a ilha termina. 


domingo, janeiro 26, 2020

Passado a cores

As reproduções das fotografias que abaixo publico pertencem a vários autores e encontram-se disponíveis no Facebook - a preto e branco - no grupo Fotos Antigas da Ilha Graciosa (https://www.facebook.com/groups/326902417357923/) e na página do Município de Santa Cruz da Graciosa (https://www.facebook.com/mscgraciosa/). 

Tomei a liberdade lhes dar um pouco de cor com o intuito de resgatar dessas preciosas memórias impressas a preto e branco, os tons da Graciosa das primeiras décadas do Século XX.

Santa Cruz da Graciosa, vista do Monte da Ajuda - (Data desconhecida)

Centro da vila de Santa Cruz - (Data desconhecida)

Centro da Vila de Santa Cruz - (Data desconhecida)

Vila de Santa Cruz - (Data desconhecida)

 Fotografia do avião polaco acidentado em 13 de Julho de 1929

Funeral do aviador polaco que faleceu no acidente de aviação em 13 de Julho de 1929

Burricada na freguesia de Luz - (Data desconhecida)

 Burricada na Caldeira - (Julho de 1939)

Passeio a cavalo na vila de Santa Cruz - (Data desconhecida)







terça-feira, março 07, 2017

Fotografias da Graciosa


Moinho do "Manel Rei", no Charco da Cruz. Uma ruína futura, uma memória moribunda que paira no horizonte da Vila de Santa Cruz. 

sábado, maio 07, 2016

Fotografias da Graciosa


No Caminho do Sumidouro, o Silo que devia ser exemplo é - apesar da cara lavada - uma lixeira imunda de restos de plásticos e sacas. Não há vergonha. Estas estruturas nunca vingaram na ilha branca, apesar desta tentativa que ainda hoje se ergue no centro das melhores terras do Guadalupe.

segunda-feira, abril 25, 2016

Da Vila da Praia

A Praia foi a primeira povoação que se fez na Graciosa, beneficiando desde logo da sua posição geográfica e de um excelente desembarcadouro sob a forma de um areal que nos inícios da década de 60 do século XV seria decerto muito mais extenso do que hoje. Em pouco tempo surgiram as primeiras casas e os primeiros caminhos em redor da pequena ermida de São Mateus, então bastante diferente da que hoje conhecemos.
Espalhados pelo interior e derramando-se pelo litoral começaram a surgir outros pequenos núcleos de povoamento, dos quais a Praia parecia destinada a tornar-se capital. A chegada do primeiro Capitão do Donatário alterou o que parecia já uma certeza e ele preferiu estabelecer a sede da sua capitania na outra banda da ilha. Assim nasceu Santa Cruz. Não é difícil de acreditar que a rivalidade entre as duas localidades remonte a esses séculos já longínquos.
A Praia, ainda que dotada de boas condições geográficas encontrava-se estrangulada por algumas das terras mais difíceis da ilha, entre o "salão" da Caldeira e os "biscoitos" formados pela lava do pico Timão. As suas capacidades agrícolas, aos contrário de Santa Cruz, pareciam bastante limitadas.
A 1 de Abril de 1546 D. João III eleva a Praia a Vila em virtude dos seus moradores se acharem prejudicados em relação a Santa Cruz. A nova circunscrição abrangia também o que é hoje a freguesia da Luz.

"Querendo fazer graça e mercê aos moradores do dito lugar da Praia, eu por meu moto próprio faço o dito lugar vila, e eis por bem que daqui em diante para sempre o seja e se chame vila da Praia, e aparto e desmembro da vila de Santa Cruz e de sua jurisdição de que até agora foi e lhe dou e concedo o termo seguinte, a saber: toda a freguesia da dita vila, que é da cruz do Quitadouro e daí pelo espigão do grotão da serra da Irmida contra a vila ao mais alto da dita serra, e daí direito ao castelete, que é na rocha do mar, e daí á roda do mar até tornar á dita cruz do Quitadouro (...) e assim eis por bem e me apraz que daqui em diante a dita vila da Praia e moradores dela e do dito termo não sejam obrigados a obedecer á dita vila da Santa Cruz. (...) e os moradores da dita vila da Praia poderão levantar e pôr forca e pelourinho e ter bandeira e selo e as outras insignías que tem as outras vilas de meus reinos (...)."
in Arquivo Nacional, Chancelaria de D.João III, livro 43, folha 25 v (adaptado)

Fotografias da Graciosa : Vila da Praia


A Vila da Praia, que cheira a maresia, cresceu tímida entre o azul e o verde nas costas de um areal benigno - o único da ilha - tão mal tratado nos últimos anos. E quando a areia se some, a vila esmorece e os Verões são tristes e só então apercebemo-nos da falta que ela faz. 



sábado, abril 09, 2016

vinho novo


Cabia a cada geração zelar pelas pedras postas pela geração anterior, arrancar a vinha velha atarracada e plantar pés novos e sadios, continuar a podar, a cavar, a fazer curas contra as maleitas, como fizeram os seus avós e os seus pais, como hão-de fazer os seus filhos. Mas bastava que as vagas de mar se levantassem num dia de vento e a ressalga açoitasse sem clemência as terras baixas, para que a vinha se queimasse e o ano estivesse perdido. Os homens, de grandes mãos sábias e tez curtida pelo sal dos anos voltavam aos currais de vinha geometricamente dispostos em ruas fundas, voltavam a erguer as paredes de pedra solta, com paciência e com resignação, como se Sísifo pudesse empurrar mil pedras e cumprir o martírio de uma só vez. Voltavam a cavar e a podar e a cavar outra vez. Nos dias de sol, em que o mar é só mar, a resignação tornava-se esperança e entre o basalto aquecido pelo sol, sobre a terra gerada sobre as cinzas de um vulcão, despontava um rebento: um cacho verde, duro e liliputiano.

Se o mar não se inquietar, há-de crescer redondo e rubro até Setembro, será colhido em cestos de vime a escorrerem mosto sobre a serrapilheira posta sobre as costas dos homens e há-de chegar ao lagar em carros de bois a chiar com o peso da dorna. E ali à luz de um coto de vela que se derrete na tardinha, outro milagre - talvez o maior dele todos - quando a rocha se transformar em vinho e quando o labor destes ourives encher as velhas pipas que resfolegam com a abundância. Vinho novo.

sábado, março 05, 2016

Andanças - Sevilla


A Praça de Espanha, no Parque Maria Luísa, é um dos muito postais turísticos da cidade andaluz e um edifício de uma imponência extraordinária. Construída para albergar parte da exposição Ibero-Americana de 1929, a sua arquitectura exótica e a sua escala imensa, fizeram-na cenário de filmes como Lawrence da Arábia e Star Wars.

À noite, vazia de turistas e vendedores, quando o silêncio aumenta a escala das formas e o perfume das flores das laranjeiras varre as colunatas e as escadarias, é um sítio muito agradável para passear e namorar.